As Doenças Congênitas que podem acometer a região da cabeça e pescoço são o cisto de ducto tireoglosso, o cisto braquial, sinus pré-auricular e higroma cístico/linfangioma. São quadros decorrentes de malformações no processo de desenvolvimento fetal, sendo importante a avaliação do cirurgião de cabeça e pescoço para o encaminhamento adequado. Saiba mais a seguir!

Cisto de ducto tireoglosso

O cisto de ducto tireoglosso é uma DOENÇA CONGÊNITA que pode se desenvolver durante a formação do embrião. É causado pela falha na obstrução e involução do ducto tireoglosso, que é um canal embrionário que se desenvolve em uma região do pescoço chamada de linha média cervical. 

O cisto é formado por uma bolsa revestida por células epiteliais e contém material líquido no interior. Geralmente, está localizado próximo ao osso hióide ou na base da língua. O cisto pode variar de tamanho, desde alguns milímetros até alguns centímetros, e pode crescer lentamente ao longo do tempo.

Os cistos de ducto tireoglosso geralmente não apresentam sintomas, especialmente se forem pequenos. No entanto, quando crescem, podem causar uma protuberância no pescoço que é indolor, redonda, suave e móvel. Alguns pacientes podem experimentar dificuldade em engolir ou respirar, especialmente se o cisto comprimir as vias respiratórias ou o esôfago. Em casos raros, o cisto pode ficar infectado, resultando em dor, vermelhidão e inchaço no local.

Tratamento de Cisto de ducto tireoglosso

O tratamento de cisto de ducto tireoglosso depende do tamanho e da localização do cisto. Em casos pequenos e assintomáticos, pode-se optar por um acompanhamento clínico com exames de imagem periódicos para monitorar o crescimento e a evolução do cisto.

No entanto, em casos maiores ou sintomáticos, o tratamento pode envolver a remoção cirúrgica completa do cisto e do ducto tireoglosso correspondente. A cirurgia é geralmente realizada sob anestesia geral e pode ser feita por via cervical anterior, com uma incisão no pescoço, ou por cirurgia endoscópica.

É importante que o tratamento seja realizado por um cirurgião especializado em cirurgias de cabeça e pescoço para garantir a segurança e efetividade do procedimento.

Doença Congênita Cisto Branquial

Cisto branquial, também conhecido como cisto do arco branquial, é um tipo de cisto que se forma a partir de um resquício embrionário do desenvolvimento fetal, chamado arco branquial. Esses arcos são estruturas presentes no embrião humano que se desenvolvem na região do pescoço.

Durante o desenvolvimento fetal, o arco branquial forma-se inicialmente como uma estrutura de suporte, mas depois se desenvolve para formar várias estruturas, como a mandíbula, as glândulas salivares, as cordas vocais e as glândulas tireoides. No entanto, em alguns casos, o arco branquial pode persistir e formar um cisto, que pode se localizar em qualquer lugar desde a mandíbula até o tórax superior. O cisto branquial é um tipo de cisto benigno e geralmente não causa sintomas, mas pode aumentar de tamanho e causar compressão de estruturas adjacentes, dependendo de sua localização.

Tratamento do cisto braquial

O tratamento do cisto branquial envolve a remoção cirúrgica completa do cisto, incluindo sua cápsula, a fim de evitar a recorrência. O procedimento pode ser realizado sob anestesia local ou geral, dependendo do tamanho e localização do cisto. Em alguns casos, pode ser necessário remover parte do tecido circundante, como músculos ou glândulas salivares, para garantir a remoção completa do cisto. É importante procurar um cirurgião de cabeça e pescoço experiente para realizar o procedimento e garantir o melhor resultado possível.

Doença Congênita sinus pré-auricular

Sinus pré-auricular, também conhecido como fístula pré-auricular ou cisto pré-auricular, é uma doença congênita rara que se caracteriza por uma pequena cavidade ou orifício na pele próximo à orelha, na região pré-auricular. Essa cavidade ou orifício está ligado a um pequeno canal que pode se estender até as estruturas cartilaginosas da orelha ou mesmo aos tecidos mais profundos da cabeça e pescoço. É uma condição benigna, mas pode se infectar e causar dor e inflamação.

Tratamento do sinus pré-auricular

O tratamento para o sinus pré-auricular é a remoção cirúrgica do ducto fistuloso. O procedimento pode ser realizado de forma ambulatorial, com anestesia local, em que é feita uma incisão na área afetada para retirar completamente o ducto. Em alguns casos, pode ser necessária a remoção completa do cisto para prevenir futuras infecções e complicações. É importante que o procedimento seja realizado por um cirurgião de cabeça e pescoço, para garantir o melhor resultado possível.

Higroma cístico/linfangioma

Higroma cístico ou linfangioma é um tumor benigno que se forma a partir de um acúmulo de líquido linfático dentro de um saco ou bolsa, causando um inchaço macio e indolor. Eles são mais comuns em bebês e crianças, mas podem ocorrer em adultos também. O higroma cístico é geralmente encontrado no pescoço, embora também possa ocorrer em outras partes do corpo, como axilas e virilha.

Tratamento do higroma

O tratamento do higroma cístico ou linfangioma depende do tamanho, localização e sintomas apresentados pelo paciente. Em alguns casos, pequenos linfangiomas podem não requerer tratamento e podem desaparecer por conta própria com o tempo. No entanto, os casos maiores ou sintomáticos geralmente requerem intervenção médica.

As opções de tratamento incluem:

  1. Cirurgia: A remoção cirúrgica é frequentemente a opção preferida para os casos maiores ou sintomáticos de higroma cístico ou linfangioma. O cirurgião pode remover o cisto ou o tecido afetado em sua totalidade, o que muitas vezes leva à cura completa.
  2. Injeção esclerosante: Esse procedimento envolve a injeção de uma substância esclerosante no cisto ou tecido afetado, que faz com que se encolha e desapareça gradualmente.
  3. Drenagem: Em alguns casos, o cisto ou tecido afetado pode ser drenado usando uma agulha fina. No entanto, este método pode não ser eficaz a longo prazo, e o cisto pode voltar a crescer.
  4. Terapia com laser: O uso de laser de dióxido de carbono (CO2) tem sido utilizado em alguns casos para tratar linfangiomas, principalmente aqueles localizados na boca ou garganta.

O tratamento pode ser personalizado com base na idade do paciente, tamanho do linfangioma, localização e extensão. É importante que um profissional de saúde especializado seja consultado para definir o melhor tratamento para o paciente em questão.

É muito importante buscar o suporte do cirurgião de cabeça e pescoço quando há sinais de Doenças Congênitas na região, para o encaminhamento adequado. O Dr. Diego D’Avila é cirurgião de cabeça e pescoço e realiza o tratamento desses quadros com cuidado e dedicação. Entre em contato e agende a sua consulta!